Fábulas são histórias literárias que, na maior parte das vezes, têm animais como personagens principais. Nas fábulas, esses animais costumam falar e ter um comportamento semelhante ao humano. Essas histórias têm moral, trazendo ensinamentos para crianças e adultos.
1. A Cigarra e a Formiga
A cigarra passou o verão cantando, enquanto a formiga juntava seus grãos.
Quando chegou o inverno, a cigarra veio à casa da formiga para pedir que lhe desse o que comer.
A formiga então perguntou a ela:
— E o que é que você fez durante todo o verão?
— Durante o verão eu cantei — disse a cigarra.
E a formiga respondeu:— Muito bem, pois agora dance!
Esopo
A cigarra passou o verão cantando, enquanto a formiga juntava seus grãos.
Quando chegou o inverno, a cigarra veio à casa da formiga para pedir que lhe desse o que comer.
A formiga então perguntou a ela:
— E o que é que você fez durante todo o verão?
— Durante o verão eu cantei — disse a cigarra.
E a formiga respondeu:— Muito bem, pois agora dance!
Esopo
Moral: é importante trabalhar e dar valor ao esforço.
A Cigarra e a Formiga abordam a importante lição de evitar a preguiça, trabalhando para depois colher os frutos. Ser independente, entender a necessidade do trabalho e planejar-se para o futuro. Na fábula, enquanto a formiga trabalhava no verão, a cigarra só cantou. Agora, com a chegada do inverno, a cigarra não tem o que comer. A formiga sugere que ela dance, já que só cantou no verão.
Esta é uma das mais famosas fábulas contadas por Esopo.
2. A Lebre e a Tartaruga
— Tenho pena de você —, disse uma vez a lebre à tartaruga: — obrigada a andar com a tua casa às costas, não podes passear, correr, brincar, e livrar-te de teus inimigos.
— Guarda para ti a tua compaixão — disse a tartaruga — pesada como sou, e tu ligeira como te gabas de ser, apostemos que eu chego primeiro do que tu a qualquer meta que nos proponhamos a alcançar.
— Vá feito, disse a lebre: só pela graça aceito a aposta.
Ajustada a meta, pôs-se a tartaruga a caminho; a lebre que a via, pesada, ir remando em seco, ria-se como uma perdida; e pôs-se a saltar, a divertir-se; e a tartaruga ia-se adiantando.
— Olá! Camarada, disse-lhe a lebre, não te canses assim! Que galope é esse? Olha que eu vou dormir um pouquinho.
E se bem o disse, melhor o fez; para ironizar a tartaruga, deitou-se, e fingiu dormir, dizendo: sempre hei de chegar a tempo.
De súbito olha; já era tarde; a tartaruga estava na meta, e vencedora lhe retribuía os seus deboches:
— Que vergonha! Uma tartaruga venceu em ligeireza a uma lebre!
Esopo
— Tenho pena de você —, disse uma vez a lebre à tartaruga: — obrigada a andar com a tua casa às costas, não podes passear, correr, brincar, e livrar-te de teus inimigos.
— Guarda para ti a tua compaixão — disse a tartaruga — pesada como sou, e tu ligeira como te gabas de ser, apostemos que eu chego primeiro do que tu a qualquer meta que nos proponhamos a alcançar.
— Vá feito, disse a lebre: só pela graça aceito a aposta.
Ajustada a meta, pôs-se a tartaruga a caminho; a lebre que a via, pesada, ir remando em seco, ria-se como uma perdida; e pôs-se a saltar, a divertir-se; e a tartaruga ia-se adiantando.
— Olá! Camarada, disse-lhe a lebre, não te canses assim! Que galope é esse? Olha que eu vou dormir um pouquinho.
E se bem o disse, melhor o fez; para ironizar a tartaruga, deitou-se, e fingiu dormir, dizendo: sempre hei de chegar a tempo.
De súbito olha; já era tarde; a tartaruga estava na meta, e vencedora lhe retribuía os seus deboches:
— Que vergonha! Uma tartaruga venceu em ligeireza a uma lebre!
Esopo
Moral: cumpra a meta, vá com tempo e não pare no caminho.
Ou seja, não se deixe levar pela vantagem que acredita ter. Caso se comprometa a vencer alguma disputa, haja com determinação, sem menosprezar seu adversário.
A Lebre e a Tartaruga ensinam que a velocidade não basta. É preciso agir sem distrações, como faz a tartaruga. Quem segue uma meta com convicção e persistência tem mais chances de conquistá-la do que quem tem algum dote natural e não faz mais nada para vencer.
Ainda, aprende-se a seguinte lição: devagar se vai longe.
3. A Raposa e as Uvas
Morta de fome, uma raposa foi até um vinhedo sabendo que ia encontrar muita uva. A safra tinha sido excelente. Ao ver a parreira carregada de cachos enormes, a raposa lambeu os beiços. Só que sua alegria durou pouco: por mais que tentasse, não conseguia alcançar as uvas. Por fim, cansada de tantos esforços inúteis, resolveu ir embora, dizendo:
- Por mim, quem quiser essas uvas pode levar. Estão verdes, estão azedas, não me servem. Se alguém me desse essas uvas eu não comeria.
Esopo
Morta de fome, uma raposa foi até um vinhedo sabendo que ia encontrar muita uva. A safra tinha sido excelente. Ao ver a parreira carregada de cachos enormes, a raposa lambeu os beiços. Só que sua alegria durou pouco: por mais que tentasse, não conseguia alcançar as uvas. Por fim, cansada de tantos esforços inúteis, resolveu ir embora, dizendo:
- Por mim, quem quiser essas uvas pode levar. Estão verdes, estão azedas, não me servem. Se alguém me desse essas uvas eu não comeria.
Esopo
Moral: é fácil desdenhar do que não se consegue obter.
Ou seja, se depois de certo esforço, algo não for realizado, é bem possível que quem não conseguiu acabe por dizer que aquilo era ruim, que, na verdade, nem queria mesmo.
A Raposa e as Uvas é uma pequena fábula em que a raposa tenta colher algumas uvas, que lhe parecem suculentas, mas, como não consegue pegá-las, resolve dizer que não as pegou porque pareciam azedas.
Podemos associar este ensinamento ao provérbio: quem desdenha quer comprar.
4. A Raposa e o Leão
Tinha a Raposa o seu covil bem fechado e estava lá dentro a gemer, porque estava doente; chegou à porta um Leão e perguntou-lhe como estava, e que a deixasse entrar, porque a queria lamber, que tinha virtude na língua, e lambendo-a, logo havia de sarar.
Respondeu a Raposa de dentro:
— Não posso abrir, nem quero. Creio que a tua língua tem virtude; porém é tão má vizinhança a dos dentes, que lhe tenho grande medo, e portanto antes quero sofrer com o meu mal.
Esopo
Tinha a Raposa o seu covil bem fechado e estava lá dentro a gemer, porque estava doente; chegou à porta um Leão e perguntou-lhe como estava, e que a deixasse entrar, porque a queria lamber, que tinha virtude na língua, e lambendo-a, logo havia de sarar.
Respondeu a Raposa de dentro:
— Não posso abrir, nem quero. Creio que a tua língua tem virtude; porém é tão má vizinhança a dos dentes, que lhe tenho grande medo, e portanto antes quero sofrer com o meu mal.
Esopo
Moral: seja sempre precavido, mesmo quando estiver doente.
A fábula da Raposa e do Leão passa a mensagem de que, mesmo numa situação difícil ou de sofrimento, é melhor garantir sua própria segurança e se prevenir contra estranhos que pareçam perigosos. Ou seja, aceitar a ajuda de estranhos pode não ser a melhor solução.
Na fábula, a raposa está doente, mas tem dúvidas se a ajuda oferecida pelo leão é sincera ou se ele apenas pretende se aproveitar da fraqueza dela para devorá-la. Assim, a raposa prefere negar a língua com poder de cura do leão, para evitar correr um risco de vida com ele.
5. A Rã e o Boi
Uma rã estava no prado olhando um boi e sentiu tal inveja do tamanho dele que começou a inflar para ficar maior.
Então, outra rã chegou e perguntou se o boi era o maior dos dois.
A primeira respondeu que não – e se esforçou para inflar mais.
Depois, repetiu a pergunta:
– Quem é maior agora?
A outra rã respondeu:
– O boi.
A rã ficou furiosa e tentou ficar maior inflando mais e mais, até que arrebentou.
Esopo
Uma rã estava no prado olhando um boi e sentiu tal inveja do tamanho dele que começou a inflar para ficar maior.
Então, outra rã chegou e perguntou se o boi era o maior dos dois.
A primeira respondeu que não – e se esforçou para inflar mais.
Depois, repetiu a pergunta:
– Quem é maior agora?
A outra rã respondeu:
– O boi.
A rã ficou furiosa e tentou ficar maior inflando mais e mais, até que arrebentou.
Esopo
Moral: quem tenta parecer maior do que é se dá mal.
A Rã e o Boi conta a história de uma rã que queria competir com o tamanho do boi e, de tanto querer ficar do tamanho dele, acabou por arrebentar-se!
Esta fábula curta traz o ensinamento de que não devemos estar sempre competindo uns com os outros. Não podemos querer ser o que os outros são. Temos nossas próprias qualidades. Ou seja, estar sempre alimentando disputas contra os outros não faz bem, assim como sentir inveja dos outros também não é algo bom.
6. O Lobo e o Cordeiro
Um cordeiro estava bebendo água num riacho. O terreno era inclinado e por isso havia uma correnteza forte. Quando ele levantou a cabeça, avistou um lobo, também bebendo da água.
- Como é que você tem a coragem de sujar a água que eu bebo - disse o lobo, que estava alguns dias sem comer e procurava algum animal apetitoso para matar a fome.
- Senhor - respondeu o cordeiro - não precisa ficar com raiva porque eu não estou sujando nada. Bebo aqui, uns vinte passos mais abaixo, é impossível acontecer o que o senhor está falando.
- Você agita a água - continuou o lobo ameaçador - e sei que você andou falando mal de mim no ano passado.
- Não pode - respondeu o cordeiro - no ano passado eu ainda não tinha nascido.O lobo pensou um pouco e disse:
- Se não foi você foi seu irmão, o que dá no mesmo.
- Eu não tenho irmão - disse o cordeiro - sou filho único.
- Alguém que você conhece, algum outro cordeiro, um pastor ou um dos cães que cuidam do rebanho, e é preciso que eu me vingue.
Então ali, dentro do riacho, no fundo da floresta, o lobo saltou sobre o cordeiro, agarrou-o com os dentes e o levou para comer num lugar mais sossegado.
Jean de La Fontaine
Moral: a razão do mais forte é sempre a melhor, ainda mais num mundo sem lei.
Esta fábula antiga tem, como moral de vida, a função de alertar para um mundo perverso, onde os mais fortes costumam sair como superiores, aproveitando-se dos mais fracos.
Ou seja, os mais poderosos costumam tentar aproveitar-se dos justos e fracos, criando situações de injustiça.
Um cordeiro estava bebendo água num riacho. O terreno era inclinado e por isso havia uma correnteza forte. Quando ele levantou a cabeça, avistou um lobo, também bebendo da água.
- Como é que você tem a coragem de sujar a água que eu bebo - disse o lobo, que estava alguns dias sem comer e procurava algum animal apetitoso para matar a fome.
- Senhor - respondeu o cordeiro - não precisa ficar com raiva porque eu não estou sujando nada. Bebo aqui, uns vinte passos mais abaixo, é impossível acontecer o que o senhor está falando.
- Você agita a água - continuou o lobo ameaçador - e sei que você andou falando mal de mim no ano passado.
- Não pode - respondeu o cordeiro - no ano passado eu ainda não tinha nascido.O lobo pensou um pouco e disse:
- Se não foi você foi seu irmão, o que dá no mesmo.
- Eu não tenho irmão - disse o cordeiro - sou filho único.
- Alguém que você conhece, algum outro cordeiro, um pastor ou um dos cães que cuidam do rebanho, e é preciso que eu me vingue.
Então ali, dentro do riacho, no fundo da floresta, o lobo saltou sobre o cordeiro, agarrou-o com os dentes e o levou para comer num lugar mais sossegado.
Jean de La Fontaine
Moral: a razão do mais forte é sempre a melhor, ainda mais num mundo sem lei.
Esta fábula antiga tem, como moral de vida, a função de alertar para um mundo perverso, onde os mais fortes costumam sair como superiores, aproveitando-se dos mais fracos.
Ou seja, os mais poderosos costumam tentar aproveitar-se dos justos e fracos, criando situações de injustiça.
7. A Raposa e a Cegonha
A Raposa convidou a Cegonha para jantar e lhe serviu sopa em um prato raso.
-Você não está gostando de minha sopa? - Perguntou, enquanto a cegonha bicava o líquido sem sucesso.
- Como posso gostar? - A Cegonha respondeu, vendo a Raposa lamber a sopa que lhe pareceu deliciosa.
Dias depois foi a vez da cegonha convidar a Raposa para comer na beira da Lagoa, serviu então a sopa num jarro largo embaixo e estreito em cima.
- Hummmm, deliciosa! - Exclamou a Cegonha, enfiando o comprido bico pelo gargalo - Você não acha?
A Raposa não achava nada nem podia achar, pois seu focinho não passava pelo gargalo estreito do jarro. Tentou mais uma ou duas vezes e se despediu de mau humor, achando que por algum motivo aquilo não era nada engraçado.
Jean de La Fontaine
Moral: cuidado, podemos receber na mesma moeda por tudo aquilo que fazemos.
Nesta conhecida fábula infantil, a raposa havia convidado a cegonha para jantar, mas serviu a sopa num prato que era difícil de ser utilizado pela cegonha. Outro dia, esta convidou a raposa para jantar e serviu num jarro que impossibilitava o uso da raposa.
Assim, fica a lição: se quiser ser bem tratado, trate bem os outros.
A Raposa convidou a Cegonha para jantar e lhe serviu sopa em um prato raso.
-Você não está gostando de minha sopa? - Perguntou, enquanto a cegonha bicava o líquido sem sucesso.
- Como posso gostar? - A Cegonha respondeu, vendo a Raposa lamber a sopa que lhe pareceu deliciosa.
Dias depois foi a vez da cegonha convidar a Raposa para comer na beira da Lagoa, serviu então a sopa num jarro largo embaixo e estreito em cima.
- Hummmm, deliciosa! - Exclamou a Cegonha, enfiando o comprido bico pelo gargalo - Você não acha?
A Raposa não achava nada nem podia achar, pois seu focinho não passava pelo gargalo estreito do jarro. Tentou mais uma ou duas vezes e se despediu de mau humor, achando que por algum motivo aquilo não era nada engraçado.Jean de La Fontaine
Moral: cuidado, podemos receber na mesma moeda por tudo aquilo que fazemos.
Nesta conhecida fábula infantil, a raposa havia convidado a cegonha para jantar, mas serviu a sopa num prato que era difícil de ser utilizado pela cegonha. Outro dia, esta convidou a raposa para jantar e serviu num jarro que impossibilitava o uso da raposa.
Assim, fica a lição: se quiser ser bem tratado, trate bem os outros.
8. O Leão Apaixonado
Certa vez um leão se apaixonou pela filha de um lenhador e foi pedir a mão dela em casamento. O lenhador não ficou muito animado com a ideia de ver a filha com um marido perigoso daquele e disse ao leão que era uma honra, mas muito obrigado, não queria. O leão se irritou; sentindo o perigo, o homem foi esperto e fingiu concordava:
- É uma honra, meu senhor. Mas que dentões o senhor tem! Que garras compridas! Qualquer moça ia ficar com medo. Se o senhor quer casar com minha filha, vai ter que arrancar os dentes e cortar as garras.
O leão apaixonado foi correndo fazer o que o outro tinha mandado; depois voltou à casa do pai da moça e repetiu seu pedido de casamento. Mas o lenhador, que já não sentia medo daquele leão manso e desarmado, pegou um pau e tocou o leão para fora de casa.
Esopo
Moral: quem perde a cabeça por amor, sempre acaba mal.
Na história, o leão, completamente apaixonado, desconsiderou que ficaria desprotegido ao tirar seus dentes e cortar suas garras, e acabou sendo vencido pelo lenhador. Esta é uma fábula engraçada, que traz o ensinamento de que ficar bobo de amor pode não ser positivo.
Outra moral de vida do Leão Apaixonado é que o que pela força se consegue, pela força se perde. No caso, o leão mostrou-se irritado, tentando convencer o lenhador a deixar sua filha casar. No fim, acabou por ser derrotado pelo lenhador.
Certa vez um leão se apaixonou pela filha de um lenhador e foi pedir a mão dela em casamento. O lenhador não ficou muito animado com a ideia de ver a filha com um marido perigoso daquele e disse ao leão que era uma honra, mas muito obrigado, não queria. O leão se irritou; sentindo o perigo, o homem foi esperto e fingiu concordava:
- É uma honra, meu senhor. Mas que dentões o senhor tem! Que garras compridas! Qualquer moça ia ficar com medo. Se o senhor quer casar com minha filha, vai ter que arrancar os dentes e cortar as garras.
O leão apaixonado foi correndo fazer o que o outro tinha mandado; depois voltou à casa do pai da moça e repetiu seu pedido de casamento. Mas o lenhador, que já não sentia medo daquele leão manso e desarmado, pegou um pau e tocou o leão para fora de casa.
Esopo
Moral: quem perde a cabeça por amor, sempre acaba mal.
Na história, o leão, completamente apaixonado, desconsiderou que ficaria desprotegido ao tirar seus dentes e cortar suas garras, e acabou sendo vencido pelo lenhador. Esta é uma fábula engraçada, que traz o ensinamento de que ficar bobo de amor pode não ser positivo.
Outra moral de vida do Leão Apaixonado é que o que pela força se consegue, pela força se perde. No caso, o leão mostrou-se irritado, tentando convencer o lenhador a deixar sua filha casar. No fim, acabou por ser derrotado pelo lenhador.
9. A Lamparina
Uma lamparina cheia de óleo gabava-se de ter um brilho superior ao do Sol. Um assobio, uma rajada de vento e ela apagou-se. Acenderam-na de novo e lhe disseram:
- Ilumina e cala-te. O brilho dos astros não conhece o eclipse.
Esopo
Moral: o brilho das glórias não deve te encher de orgulho. Tudo o que se tem, pode se perder.
A lamparina ensina-nos que não devemos nos gabar do que temos no momento. Devemos ter humildade, porque tudo o que é bom pode uma hora também acabar.
Tanto as derrotas quanto as vitórias são passageiras.
Uma lamparina cheia de óleo gabava-se de ter um brilho superior ao do Sol. Um assobio, uma rajada de vento e ela apagou-se. Acenderam-na de novo e lhe disseram:
- Ilumina e cala-te. O brilho dos astros não conhece o eclipse.
Esopo
Moral: o brilho das glórias não deve te encher de orgulho. Tudo o que se tem, pode se perder.
A lamparina ensina-nos que não devemos nos gabar do que temos no momento. Devemos ter humildade, porque tudo o que é bom pode uma hora também acabar.
Tanto as derrotas quanto as vitórias são passageiras.
10. O Leão e o Rato
Certo dia, estava um Leão a dormir a sesta quando um ratinho começou a correr por cima dele. O Leão acordou, pôs-lhe a pata em cima, abriu a bocarra e preparou-se para o engolir.
- Perdoa-me! - gritou o ratinho - Perdoa-me desta vez e eu nunca o esquecerei. Quem sabe se um dia não precisarás de mim?
O Leão achou tanta graça desta ideia que levantou a pata e o deixou partir.
Dias depois o Leão caiu numa armadilha. Como os caçadores o queriam oferecer vivo ao Rei, amarraram-no a uma árvore e partiram à procura de um meio para o transportarem.
Nisto, apareceu o ratinho. Vendo a triste situação em que o Leão se encontrava, roeu as cordas que o prendiam.
E foi assim que um ratinho pequenino salvou o Rei dos Animais.
Jean de La Fontaine
Certo dia, estava um Leão a dormir a sesta quando um ratinho começou a correr por cima dele. O Leão acordou, pôs-lhe a pata em cima, abriu a bocarra e preparou-se para o engolir.
- Perdoa-me! - gritou o ratinho - Perdoa-me desta vez e eu nunca o esquecerei. Quem sabe se um dia não precisarás de mim?
O Leão achou tanta graça desta ideia que levantou a pata e o deixou partir.
Dias depois o Leão caiu numa armadilha. Como os caçadores o queriam oferecer vivo ao Rei, amarraram-no a uma árvore e partiram à procura de um meio para o transportarem.
Nisto, apareceu o ratinho. Vendo a triste situação em que o Leão se encontrava, roeu as cordas que o prendiam.
E foi assim que um ratinho pequenino salvou o Rei dos Animais.Jean de La Fontaine
Moral: não se deve subestimar os outros.
Na fábula, o leão resolveu não matar o ratinho, mas duvidou quando ele disse que compensaria o leão pela atitude. No entanto, quando o leão foi caçado, o ratinho retornou e provou seu valor: conseguiu soltar o leão da armadilha.
Ou seja, sempre devemos tratar bem os outros. As boas ações geram boas ações no futuro.
11. O Julgamento da Ovelha
Um cachorro de maus bofes acusou uma pobre ovelhinha de lhe haver furtado um osso.
- Para que furtaria eu esse osso - alegou ela - se sou herbívora e um osso para mim vale tanto quanto um pedaço de pau?
- Não quero saber de nada. Você furtou o osso e vou já levá-la aos tribunais.
E assim fez. Queixou-se ao gavião-de-penacho e pediu-lhe justiça. O gavião reuniu o tribunal para julgar a causa, sorteando para isso doce urubus de papo vazio.
Comparace a ovelha. Fala. Defende-se de forma cabal, com razões muito irãs das do cordeirinho que o lobo em tempos comeu.
Mas o júri, composto de carnívoros gulosos, não quis saber de nada e deu a sentença:
- Ou entrega o osso já, ou condenamos você à morte!
A ré tremeu: não havia escapatória!... Osso não tinha e não podia, portanto, restituir; mas tinha vida e ia entregá-la em pagamento do que não furtara.
Assim aconteceu. O cachorro sangrou-a, espostejou-a, reservou para si um quarto e dividiu o restante com os juízes famintos, a título de custas...
Monteiro Lobato
Um cachorro de maus bofes acusou uma pobre ovelhinha de lhe haver furtado um osso.
- Para que furtaria eu esse osso - alegou ela - se sou herbívora e um osso para mim vale tanto quanto um pedaço de pau?
- Não quero saber de nada. Você furtou o osso e vou já levá-la aos tribunais.
E assim fez. Queixou-se ao gavião-de-penacho e pediu-lhe justiça. O gavião reuniu o tribunal para julgar a causa, sorteando para isso doce urubus de papo vazio.
Comparace a ovelha. Fala. Defende-se de forma cabal, com razões muito irãs das do cordeirinho que o lobo em tempos comeu.
Mas o júri, composto de carnívoros gulosos, não quis saber de nada e deu a sentença:
- Ou entrega o osso já, ou condenamos você à morte!
A ré tremeu: não havia escapatória!... Osso não tinha e não podia, portanto, restituir; mas tinha vida e ia entregá-la em pagamento do que não furtara.
Assim aconteceu. O cachorro sangrou-a, espostejou-a, reservou para si um quarto e dividiu o restante com os juízes famintos, a título de custas...
Monteiro Lobato
Moral: a justiça dos poderosos é justiça?
A ovelha não teve a oportunidade de se defender, e a opinião dos animais do júri, que eram todos carnívoros, foi manifestada do modo como preferiam ver o caso resolvido: culpar a ovelhinha e fazer dê-la comida.
Uma fábula na versão brasileira de Monteiro Lobato, que traz questionamentos sobre justiça e verdade, assim como sobre a falta de ética. Apresenta um lado não tão bom das pessoas, que preferem priorizar seus interesses no lugar do que é correto.
12. O Burro e a Cobra
Como recompensa por um serviço prestado, os homens pediram a Júpiter a eterna juventude, o que ele concedeu. Pegou na juventude, pô-la em cima de um Burro e mandou que a levasse aos homens.
Indo o Burro no seu caminho, chega a um ribeiro com sede, onde estava uma Cobra que disse que não o deixaria beber daquela água se não lhe desse o que levava às costas. O Burro, que não sabia o valor do que transportava, deu-lhe a juventude a troco da água. E assim os homens continuaram a envelhecer, e as Cobras renovando-se a cada ano.
Esopo
Como recompensa por um serviço prestado, os homens pediram a Júpiter a eterna juventude, o que ele concedeu. Pegou na juventude, pô-la em cima de um Burro e mandou que a levasse aos homens.
Indo o Burro no seu caminho, chega a um ribeiro com sede, onde estava uma Cobra que disse que não o deixaria beber daquela água se não lhe desse o que levava às costas. O Burro, que não sabia o valor do que transportava, deu-lhe a juventude a troco da água. E assim os homens continuaram a envelhecer, e as Cobras renovando-se a cada ano.
Esopo
Moral: devemos nos informar sobre o que temos, nunca oferecendo algo sem saber o que ganhamos em troca.
Sem saber o que carregava, o burro desfez-se da juventude só por um pouco de água. Assim, o burro não sabia quais eram as consequências daquilo.
Uma curta fábula de Esopo que nos faz refletir sobre como é ruim a ignorância sobre algo, como foi o caso do burro.
13. A Assembleia dos Ratos
Um gato de nome Faro-Fino deu de fazer tal destroço na rataria de uma casa velha que os sobreviventes, sem ânimo de sair das tocas, estavam a ponto de morrer de fome.
Tornando-se muito sério o caso, resolveram reunir-se em assembleia para o estudo da questão. Aguardaram para isso certa noite em que Faro-Fino andava aos mios pelo telhado, fazendo sonetos à Lua.
- Acho - disse um eles - que o meio de nos defendermos de Faro-Fino é lhe atarmos um guizo ao pescoço. Assim que ele se aproxime, o guizo o denuncia e pomo-nos ao fresco a tempo.
Palmas e bravos saudaram a luminosa ideia. O projeto foi aprovado com delírio. Só votou contra um rato casmurro, que pediu a palavra e disse:
- Está tudo muito direito. Mas quem vai amarrar o guizo no pescoço de Faro-Fino?
Silêncio geral. Um desculpou-se por não saber dar nó. Outro, porque não era tolo. Todos, porque não tinham coragem. E a assembleia dissolveu-se no meio de geral consternação.
Monteiro Lobato
Um gato de nome Faro-Fino deu de fazer tal destroço na rataria de uma casa velha que os sobreviventes, sem ânimo de sair das tocas, estavam a ponto de morrer de fome.
Tornando-se muito sério o caso, resolveram reunir-se em assembleia para o estudo da questão. Aguardaram para isso certa noite em que Faro-Fino andava aos mios pelo telhado, fazendo sonetos à Lua.
- Acho - disse um eles - que o meio de nos defendermos de Faro-Fino é lhe atarmos um guizo ao pescoço. Assim que ele se aproxime, o guizo o denuncia e pomo-nos ao fresco a tempo.
Palmas e bravos saudaram a luminosa ideia. O projeto foi aprovado com delírio. Só votou contra um rato casmurro, que pediu a palavra e disse:
- Está tudo muito direito. Mas quem vai amarrar o guizo no pescoço de Faro-Fino?
Silêncio geral. Um desculpou-se por não saber dar nó. Outro, porque não era tolo. Todos, porque não tinham coragem. E a assembleia dissolveu-se no meio de geral consternação.
Monteiro Lobato
Moral: dizer é fácil, fazer que é difícil!
Esta fábula brasileira de Monteiro Lobato traz, de um modo engraçado, uma verdade da vida: sugerir uma ideia é fácil, o problema é executá-la. No caso, colocar um guizo no pescoço do gato era uma ótima sugestão, mas quem seria o corajoso que poderia fazer isto sem arriscar sua vida?
Quando um plano é criado, ainda se está na teoria. Na hora de fazê-lo, passamos para a prática. No entanto, esta é sempre a mais difícil.
14. A Andorinha e as outras Aves
Estavam os homens a semear linho, e, ao vê-los, disse a Andorinha aos outros pássaros:
— Para nosso mal fazem os homens esta seara, que desta semente nascerá linho, e dele farão redes e laços para nos prenderem. Melhor será destruirmos a linhaça e a erva que dali nascer, para estarmos seguras.
As outras Aves riram-se muito deste conselho e não quiseram segui-lo. Vendo isto, a Andorinha fez as pazes com os homens e foi viver em suas casas. Algum tempo depois, os homens fizeram redes e instrumentos de caça, com os quais apanharam e prenderam todas as outras aves, poupando apenas a Andorinha.
Esopo
Estavam os homens a semear linho, e, ao vê-los, disse a Andorinha aos outros pássaros:
— Para nosso mal fazem os homens esta seara, que desta semente nascerá linho, e dele farão redes e laços para nos prenderem. Melhor será destruirmos a linhaça e a erva que dali nascer, para estarmos seguras.
As outras Aves riram-se muito deste conselho e não quiseram segui-lo. Vendo isto, a Andorinha fez as pazes com os homens e foi viver em suas casas. Algum tempo depois, os homens fizeram redes e instrumentos de caça, com os quais apanharam e prenderam todas as outras aves, poupando apenas a Andorinha.
Esopo
Moral: pensar no dia de amanhã e antecipar cenários é fundamental.
A andorinha analisou o que seria um futuro problema na sua vida e resolveu alertar as outras aves para tomarem uma atitude, mas só ela estava preocupada. No fim, ela foi a única a se salvar.
Esta fábula pequena apresenta uma importante lição: agir pensando também no futuro, seja no nosso próprio bem, seja no da natureza, seja no da vida de outras pessoas.
15. A Cabra e o Asno
Uma cabra e um asno comiam ao mesmo tempo no estábulo. A cabra começou a invejar o asno porque acreditava que ele estava melhor alimentado, e lhe disse:
- Tua vida é um tormento inacabável. Finge um ataque e deixa-te cair num fosso para que te deêm umas férias.
Aceitou o asno o conselho, e deixando-se cair, machucou todo o corpo.
Vendo-o o amo, chamou o veterinário e lhe pediu um remédio para o pobre. Prescreveu o curandeiro que necessitava uma infusão com o pulmão de uma cabra, pois era muito eficiente para devolver o vigor. Para isso então degolaram a cabra e assim curaram o asno.
Esopo
Uma cabra e um asno comiam ao mesmo tempo no estábulo. A cabra começou a invejar o asno porque acreditava que ele estava melhor alimentado, e lhe disse:
- Tua vida é um tormento inacabável. Finge um ataque e deixa-te cair num fosso para que te deêm umas férias.
Aceitou o asno o conselho, e deixando-se cair, machucou todo o corpo.
Vendo-o o amo, chamou o veterinário e lhe pediu um remédio para o pobre. Prescreveu o curandeiro que necessitava uma infusão com o pulmão de uma cabra, pois era muito eficiente para devolver o vigor. Para isso então degolaram a cabra e assim curaram o asno.
Esopo
Moral: quem age por maldade, acaba por sofrer do próprio veneno.
A cobra resolveu ser maldosa com o asno por inveja. Feito isto, o asno precisou de ajuda veterinária, e resolveram matar a cobra para curar o asno. Ou seja, se a cobra não tivesse inicialmente tentado prejudicar o asno, ninguém teria saído perdendo da situação.
Os valores ensinados por esta fábula são: seja uma pessoa correta. Quem toma atitudes maldosas pode ser a pessoa que mais se dará mal no fim.
Fonte: https://www.pensador.com/melhores_e_mais_famosas_fabulas_com_moral/
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